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quinta-feira, abril 18, 2013

Economista desmonta mitos em torno do BNDES

Postado originalmente por José Dirceu em seu Blog


Diante da persistência de críticas infundadas ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), recomendo a leitura do artigo publicado hoje na Folha de S.Paulo por Marcelo Miterhof, economista da instituição. Ele aponta e desmonta três mitos que têm sido criados em torno da atuação do banco.

Miterhof diz, com toda a razão, que há forte viés político e ideológico no debate sobre o BNDES. Ele se contrapõe esse viés com sólidos argumentos técnicos e fundamentados.

O primeiro mito diz que o BNDES inibe o mercado de capitais. O economista mostra que é justamente o contrário. Ao atuar com as empresas desde o início até a abertura de capital, a governança sai fortalecida. Com a transparência corporativa fortalecida, a formação de investidores é estimulada. O BNDES também usa ofertas públicas para atrair investidores menores, estimulando o mercado de capitais.

O segundo mito é que o BNDES concentra sua ação em setores tradicionais e pouco inovadores. “Isso é um mito porque não há ativismo na definição das operações a serem apoiadas. O BNDES não aponta projetos a serem feitos. São as empresas que os estruturam e buscam o banco, que os avalia”, afirma.

Além disso, o suporte à internacionalização de grupos brasileiros envolve inovações ligadas ao domínio das cadeias globais. E o apoio a grupos brasileiros de tecnologia também está presente no banco.

Por fim, Miterhof desmonta o mito de que os empréstimos do Tesouro para reforçar as captações do BNDES estariam recriando a "conta-movimento". Essa modalidade foi extinta em 1986 e dava acesso automático do Banco do Brasil a recursos do Banco Central. Isso levava a critérios menos rígidos na concessão de crédito.

“A comparação é no mínimo forçada. O BNDES não toma recursos do BC nem busca sanar problemas de liquidez. Os empréstimos são devidamente expressos no seu balanço e na dívida pública, sendo apenas uma fonte de captação”, afirma o economista. 
Ele lembra que a comparação devida seria com o acúmulo das reservas cambiais. Um alto nível dessas reservas nos protege da vulnerabilidade externa. E os empréstimos ao BNDES irrigam a economia com financiamento de longo prazo.

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