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quinta-feira, fevereiro 14, 2013

Vale Cultura e mercados locais – uma política em alerta?


O Vale Cultura em processo de aprovação na Câmara dos Deputados e posterior sanção presidencial beneficiará em pouco tempo mais de 17 milhões de trabalhadores brasileiros gerando uma renda entorno de R$ 600 milhões de reais mensais e R$ 7,,2 bilhões/ano no setor em todo território nacional, promovendo uma política de acessibilidade cultural nunca antes vista no Brasil.  Por isso, gostaria de abordar esse assunto ao longo desse semestre provocando e sendo provocado pelos companheiros e militantes do setor artístico.  

          As faixas sociais que usufruirão deste beneficio serão as ditas classe ”C” e “D”, é claro que as mesmas tenderão a exercer este benefício sob as bases e a lógica do mercado de Cultura de Massa. Alguns companheiros em conversas sustentam que é necessário neste primeiro instante incentivar e fortalecer o consumo cultural mesmo em detrimento de um pensamento mais amplo sobre as potencialidades desta política. 

           O preocupante é a possibilidade de ausência de um planejamento estruturante, em prol de uma institucionalização de um dito “consumo autônomo”, neste que pode ser um dos mais avançados processos de descentralização e democratização do acesso ao Bem Cultural já realizado no mundo (a valorização é proposital).

         Se pensarmos dentro dos campos do desenvolvimento econômico, da expansão de mercados locais, do fortalecimento dos agentes culturais emergentes e da territorialização do processo cultural perceberemos o enorme impacto desta política. Ao pensarmos no real espectro de alcance desta política, veremos que além dos grandes eixos da produção cultural do país, as capitais dos estados brasileiros, principalmente, as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo devemos observar que as outras cidades que compõem suas regiões metropolitanas deverão receber também um grande fluxo de capital deste processo.

          Desta forma, é fundamental refletir como essa política pode ser um suporte sem igual para o desenvolvimento econômico e sedimentação de mercados culturais locais valorizando e fortalecendo os agentes culturais locais (artistas, técnicos e produtores).  

         Por isso, afirmamos a necessidade crucial, de que nós agentes políticos, devemos propor mecanismos que aproximem o beneficiário deste programa com sua realidade local através de articulações sociais, formação e fortalecimento de redes culturais locais, campanhas de divulgação e promoção de espaços e bens culturais no campo destas cidades. Afinal o que vale é a Cultura, não é?

Conheça mais sobre o Vale Cultura, Clicando Aqui

Lino Rocca

Diretor, 
Produtor e 
Membro 
PTCultura/RJ





Os Artigos apresentados no site do PT - Nova Iguaçu não representam o pensamento do conjunto do Diretório Municipal e sim de quem os escrevem e assinam.

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