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domingo, março 10, 2013

O SACRIFÍCIO!

Por Wellington Lyrio

Fátima An-Najar é uma daquelas avós que carregam toda a dor e o sofrimento da humanidade. Seu nome evoca a filha do profeta Muhammad (Maomé) e o sobrenome a profissão de José, pai de Jesus.

Aos 67 anos de idade despediu-se do mundo explodindo o corpo em protesto contra a ocupação israelense.

Para a mídia foi apenas mais um número a contabilizar; para os palestinos mais uma mártir que partia. Antes dela, os israelenses haviam assassinado seu marido, dois filhos e um dia antes de sua morte, um neto de 17 anos.

O martírio de Fátima foi a culminância de um mês de massacres contra seu povo pelas tropas sionistas. Primeiro o assassinato frio e cruel de 18 mulheres e crianças em suas casas enquanto dormiam. A isso, a mídia ocidental denominou “incidente”. As vítimas não tinham nome, não tinham rosto, não tinham sonhos. Eram apenas números. E em “outro incidente”, de acordo com a mídia ocidental, suas tropas dispararam contra 50 mulheres palestinas que tentavam proteger 60 refugiados em uma mesquita. Vejam que comportamento mais imoral dessa mídia; para não criticarem os carrascos israelenses, justificam o massacre acusando as 50 mulheres de servir de escudo para proteger 60 “militantes”. Vocês repararam nos números? 50 mulheres e 60 refugiados numa mesquita. Em nenhum momento falam em  50 mães e esposas desesperadas tentando salvar os filhos e maridos.

Isso lembra o jornalismo praticado na época da ditadura. Torturava-se até a morte e depois alegava-se suicídio ou atropelamento... Com o beneplácito dessa mesma mídia. Pergunto: alguma coisa mudou?

Fátima An-Najar, 67 anos, mãe, avó, palestina. Fátima An-Najar, 67 anos, sacrificou-se em nome da humanidade!


Já tem um tempo, vi o triste episódio acima no Blog do Bourdoukan. Então, resolvi fazer tal publicação para que, talvez, pudesse levar  algumas pessoas a pensarem melhor quando estiverem lendo, ouvindo, ou vendo alguma notícia relacionada a questão Israel/Palestina. Vale lembrar de quando recebemos a notícia sobre a conciliação entre os dois principais movimentos palestinos: o FATAH, comprovadamente corrupto e altamente suspeito de colaborar com os interesses israelenses em detrimento dos palestinos ( é sempre bom que se diga), e o HAMAS, que diferente daquilo propagado, NÃO É UMA ORGANIZAÇÃO TERRORISTA. E sim, UM PARTIDO POLÍTICO, que aliás, conquistou o direito de governar nas urnas (é sempre bom que se diga). Uma outra coisa que deve ficar bem claro sobre o HAMAS, é que este, também ao contrário daquilo que é propagado, JÁ SE COLOCOU EM CONDIÇÕES DE CONVIVER COM A EXISTÊNCIA DE ISRAEL, desde que com as fronteiras de 1967, antes da guerra dos seis dias. Vale lembrar também que mais de 140 países já se mostraram a favor de reconhecer o Estado palestino, inclusive o Brasil. Porém, a ONU mostra-se incapaz de resolver a questão; da mesma forma como nenhuma punição é aplicada a Israel, que já desrespeitou mais de 40 resoluções dessa mesma ONU,  e não recebe qualquer punição, colocando a credibilidade, seriedade, dessa instituição em xeque, uma vez que por muito menos, países distantes dos interesses imperialistas e de seus parceiros, recebem severas punições. 

A proposta do HAMAS para buscar o fim do conflito, assim como a iraniana, é que a decisão da formação de dois Estados seja tomada em um plebiscito, onde a população (árabe e israelense) de toda a região envolvida, venha a decidir. Não devemos nos permitir cair no embuste propagado pelo monopólio da grande mídia subserviente aos interesses imperialistas, cúmplice do sionismo genocida. Na época que vi  a notícia da reconciliação dos grupos palestinos, tive certo  entusiasmo, porém, acompanhado de certa temerosidade, uma vez que ISRAEL AMEAÇOU claramente, do alto de sua arrogância, POR SUA MÁQUINA DE GUERRA EM AÇÃO (e colocou pouco tempo depois), mas, tal atitude, "curiosamente", passou em branco aos olhos da dita Comunidade internacional. Passou em branco da mesma forma que passa em branco a luta diária palestina frente a opressão sionista do estado Judeu. 

A reação dos sionistas de Israel, assim como a das grandes potências, mediante a PAZ ENTRE PALESTINOS, mostrou claramente quem não a deseja e trabalha contra ela na região. Não podemos aceitar que mais uma vez o Estado judeu venha a cometer suas atrocidades livremente, e devemos nos atentar ao fato de que o lado árabe não tem mais o que ceder,  sempre busca soluções meladas pelos sionistas e aliados. A OCUPAÇÃO israelense, e toda sua arrogância não pode gerar outra coisa, senão, mais casos como o do triste episódio no início do post. O SACRIFÍCIO é uma constante na vida palestina, foi presente israelense embrulhado pelas Potências ocidentais.





  Wellington Lyrio é Secretário de OrganizaçãoPT - Nova Iguaçu 
Os Artigos apresentados no site do PT - Nova Iguaçu não representam o pensamento do conjunto do Diretório Municipal e sim de quem os escrevem e assinam

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