A dificuldade em unificar os interesses de 27 entes federados diferentes já trouxe um resultado: a votação das matérias que tratam da reforma do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) não deve acontecer antes do início da segunda quinzena de abril. Nesta quinta-feira, durante a audiência pública com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), , Lindbergh Farias (PT-RJ), falou da necessidade de encontrar uma saída para o impasse. "Se os senadores não deliberarem sobre o ICMS, o Supremo Tribunal Federal o fará", disse, reforçando o que defendem os parlamentares governistas.
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Lindbergh quer submeter o texto à
votação na CAE na terceira semana de abril |
Lindbergh também lembrou que o relator do projeto de resolução que unifica em 4% as alíquotas do ICMS (PRS 1/2013), senador Delcídio do Amaral (PT-MS), pediu mais prazo para apresentar seu relatório. Delcídio optou por se reunir com governadores e secretários de Fazenda dos estados mais refratários à proposta. “É importante que se diga que o dia 16 de abril é o ultimo prazo mesmo”, enfatizou o presidente da CAE.
Entre os pontos a serem negociados está o montante de recursos para o fundo que compensará as perdas que os estados terão com o fim da guerra fiscal e a unificação das alíquotas do ICMS.
Lindbergh defende que o ideal é votar o projeto de resolução na mesma semana em que ele for apresentado e, em seguida, submetê-lo ao plenário. “Depois da leitura no dia 16, eu vou usar o regimento para tentar votar nesta mesma semana”, antecipou Lindbergh, reforçando que se esse prazo não for cumprido, existe o risco de ameaçar o prazo de vigência da Medida Provisória 599, que trata do novo ICMS. A MP vale até o dia 6 de junho. “Eu estou convencido de que, se perdermos esses prazos, vamos entrar em uma situação pior”, alertou, reiterando que está trabalhando “num prazo limite”.
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