-->

quarta-feira, janeiro 30, 2013

ESQUERDA X DIREITA. Um olhar esquerdista do nosso tempo... livre da utopia e marginalização.

Primeiramente, antes de mais nada, pra começar... devemos ter de forma bem clara em mente que  pra fazer qualquer colocação considerável sobre esse tema é preciso partir de uma premissa que, na conjuntura atual com novas circunstâncias políticas e transitórias, existe a necessidade de descartar dógmas ultrapassados; é preciso abrir a mente e não esquecer que o Muro De Berlin já caiu a um bom tempo, e junto com ele concepções, modelos de atuação e valores obsoletos. Porém, não quer dizer que a essência esquerdista, de atuar ao lado do povo, foi derrotada. Essas coisas que acabei de colocar são válidas, principalmente, para alguns ditos "esquerdistas"; esses tentam sustentar um ideário jurássico e marginalizado no imaginário das pessoas por propaganda da direita durante décadas. Também é bom frisar que jamais devemos confundir totalitarismo com esquerdismo.

Pra entender o que é direita e esquerda, precisamos refletir sobre outros dois conceitos, intimamente ligados à primeira distinção, quais sejam, a igualdade e a "liberdade". Nos dias atuais, para a esquerda, a igualdade  social e de direito é mais importante que a tal "liberdade". Por isso, são bandeiras da esquerda as cotas nas universidades, programas como  bolsa-família e Pró-Uni, apoio aos movimentos sociais (Sindical, Lgbt, Igualdade Racial, Estudantil, Associações de Moradores e etc...) e coisas do tipo. Ou seja: a esquerda toma como prioridade a diminuição da desigualdade através do social. A direita, por sua vez, considera a "liberdade" mais importante que a "igualdade". Estabelecendo assim um paradoxo, uma vez que são liberais no que diz respeito a economia... e conservadores no que diz respeito a costumes sociais. Alegam primar por liberdade, mas, quando falamos de "liberdade social", quem levanta bandeiras em defesa da diversidade, pluralidade cultural e luta em defesa das minorias é a esquerda. Considerando essas coisas, podemos afirmar que a Direita prima pelo direito de propriedade; o Estado reduzido, guiado pelo capital de mercado, seguindo uma Cartilha Global ( FMI, Wall Street, União Européia, Banco Mundial ). Basta olharmos a tática adotada de sucateamento de órgãos estatais para em seguida entregar por preço de banana a iniciativa privada, isso foi feito durante todos os anos em que o país foi administrado pela Direita Neoliberal (FHC-PSDB e aliados). Um Estado mínimo  é o desejo dos neoliberais! Eles chegam até a ter a cara-de-pau de defender   o embuste de  uma suposta "liberdade de imprensa", mesmo sabendo que hoje contam com a grande mídia como seu braço ideológico difundindo suas ideias.

O candidato derrotado na última disputa à presidência da República, José Serra, um dia foi considerado um político de esquerda. Hoje não mais. O PSDB, junto com seus aliados, deu sua guinada à direita e é apoiado pela ala mais conservadora e elitista da sociedade. Dilma, por sua vez, foi a candidata de esquerda, e a representa hoje como Presidenta do Brasil, não só pela sua trajetória que se inicia na luta contra a ditadura, passando pela criação do PDT de Leonel Brizola, até a filiação ao PT e participação atuante no governo do Presidente Lula-PT, que marcou o começo era esquerdista na administração do Brasil, mas  sim e principalmente pelo fato de representar a continuidade desse governo, no que se refere à prioridade concedida aos projetos sociais na busca pela igualdade. Ao eleitor coube a escolha: o que é mais importante, a igualdade ou a "liberdade"? Para mim e para todos os eleitores de Dilma- PT (ainda que muitos não tenham se dado conta disso), o bem maior a ser preservado é a igualdade, ou seja, optamos pelo projeto que coloca como medidas mais importantes e urgentes aquelas que visam à diminuição da desigualdade social, que nos conduzirá a uma nação mais justa e igualitária. O voto em Dilma,  foi o voto da esquerda consciente, que se afasta da utopia e entende que, no momento histórico atual, não há possibilidade de superação do modo de produção capitalista. O capitalismo não deixa de ser o regime que promete igualdade a todos, quando na realidade essa igualdade é inalcançável, já que a desigualdade é elemento integrante do sistema. No entanto, esta desigualdade pode ser amenizada, com medidas que permitam o acesso dos menos favorecidos à educação, à moradia, à alimentação, etc. Projetos como o PROUNI, PRÓ-JOVEM (urbano, adolescente, trabalhador), Minha Casa, Minha Vida, Luz para Todos, Brasil sem Miséria, “Bolsa-família” e outros mais, foram, e são, essenciais à diminuição da desigualdade social no Brasil. E a Nação escolheu, quer, e precisa da continuidade desse projeto petista, antes representado por LULA e agora por DILMA, pra seguir avançando com um Novo Brasil. 

Devemos sempre lembrar que durante a última disputa pela administração do País, o PSDB e aliados, apoiados pela Grande Mídia reacionária (seu braço ideológico que conta com cabos eleitorais travestidos de jornalistas, tal como: Mirían Leitão,  Eliane Cantanhêde, Diogo Mainardi, Merval Pereira, Noblat, e outros asseclas mais) ,  tentaram o tempo inteiro enganar a população, entre tantas calúnias e criação de factoides, eles realizaram um PÍFIA tentativa de igualar os projetos políticos; tentaram personificar o pleito nas figuras de DILMA e SERRA; visando assim ludibriar o eleitor; a DIREITA foi covarde. Não assumiu seu caráter neoliberal; mas o povo brasileiro não se permitiu ser enganado. O povo deu a resposta nas urnas com o voto solidário, o voto de ESQUERDA triunfou frente ao embuste da DIREITA NEOLIBERAL.

Dentro do sistema capitalista que vivemos, um governo SOLIDÁRIO AOS DESFAVORECIDOS, atuando pelos interesses populares,  poderá ser chamado de um GOVERNO DE ESQUERDA. 


Wellington LyrioSecretário de OrganizaçãoPT - Nova Iguaçu









Os Artigos apresentados no site do PT - Nova Iguaçu não representam o pensamento do conjunto do Diretório Municipal e sim de quem os escrevem e assinam.

0 comentários :

Postar um comentário

Facebook Google+ Twitter RSS
Google+